Joaquim nasceu!
Agora é oficial: dia 12 de fevereiro de 2013 me tornei mãe de um menino lindo! Joaquim veio ao mundo e eu vou contar os detalhes agora mesmo para quem quiser saber.
Na madrugada do dia 11 comecei a sentir umas coliquinhas, mas nada de mais, eram bem fraquinhas mesmo e não estavam associadas à barriga ficando dura, então não dei muita atenção.
Dormi a manhã toda nesse dia, deve ter sido meu subconsciente dizendo: "dorme que essa noite será longa!". Depois do almoço fui com o André no supermercado fazer uma comprinha, e no meio de um corredor ou outro, eu sentia a cólica indo e vindo. Comecei achar que estava chegando a hora, mas não me apressei. Achei que era meu corpo se preparando e nada mais.
Como estava com essas coliquinhas, resolvi começar anotar os horários que as coliquinhas iam e vinham e os horários que a barriga endurecia, se estavam associadas às dores ou não. A barriga ficava mais dura do que eu sentia cólica, e não tinha um padrão de intervalos. Fui dormir eram umas 22h30, mas fui muitas vezes fazer xixi, era quase de 10 em 10 minutos, e falei pro André: "mor, to achando bom a gente ir pra maternidade amanhã cedo de novo, mesmo que isso seja alarme falso e a gente volte pra casa mais uma vez."
Minhas idas frequentes ao banheiro pararam, e na hora que o André foi dormir, umas 2h da manhã, levantei pra ir ao banheiro mais uma vez, como todas as noites, mas dessa vez senti algo diferente: a cólica veio forte, e no caminho para o quarto (dois passos, meu ap é extremamente pequeno), senti minha calcinha ficando molhada, era sangue. Nem o deixei pegar no sono e achei melhor a gente ir pra maternidade naquela hora mesmo, em vez de esperar até de manhã.
As malas já estavam no carro desde domingo, resolvemos tirá-las de casa antes, pros dogs não nos verem saindo com elas, senão eles não ficariam bem, pensando que a gente estava indo viajar e os deixando lá sozinhos.
Liguei pra minha médica, que tinha ido passar o carnaval em Ibiúna, falei das dores e do sangramento, mas que não sabia o intervalo das contrações, ela disse que ligaria pra assistente dela ir me encontrar, mas que já ia sair de lá.
No caminho, na Paulista, todos os faróis fechados e a barriga ficava dura e a dor vinha, e quando passava era o maior alívio de todos. Chegamos na maternidade 2h50 +-, nem passei pela triagem de tanta dor que eu estava sentindo. Tudo bem que não era nem 1/10 da dor que eu senti mais tarde, mas estava com dor.
No primeiro atendimento, o médico disse que eu estava com 3 cm de dilatação e colo médio, e que ia me internar. Perguntei se daria pra ser parto normal e ele falou que dependeria da minha médica. Me colocaram numa cadeira de rodas e me levaram pra uma sala para responder tudo sobre minha saúde. Depois me levaram pra uma outra sala, respondi tuuuudo de novo, as mesmas perguntas, e de lá fui pra sala de LDR, para esperar minha médica e o Joaquim querer chegar.
O André estava "sumido" em algum lugar da maternidade, fazendo minha internação, avisando as famílias que eu ia ter bebê, e algumas enfermeiras entravam e saíam da sala, ligaram o equipamento de cardiotoco, colocaram um soro em mim, medidor de batimentos cardíacos e eu lá, contração indo e vindo, doendo e aliviando, e os ponteiros do relógio da parede em frente à minha cama, rodando, eram umas 3h30 da manhã quando cheguei na sala, ótima por sinal preparada para parto normal MESMO, com banheira e tudo mais. Já paquerei a banheira na hora que a vi. Eu olhava pro ponteiro dos segundos rolando, e ouvia o apito dos equipamentos ligados em mim praticamente junto com ele e pensando: "bem que esse bebê poderia nascer umas 6h30 da matina."
Deu 4h, as dores vindo cada vez com mais intensidade, e nada do André aparecer. E eu para a enfermeira: "meu marido vem pra cá? onde ele está?". Elas diziam que ele estava fazendo minha internação e que assim que estivesse pronto ele ia aparecer por lá pra ficar do meu lado. E as dores indo e vindo cada vez mais fortes. Entra uma médica e diz: "Ela está com 5 cm de dilatação, daqui a pouco voltamos pra ver a evolução". E ninguém conseguia falar com a assistente da minha médica, e minha médica vindo de Ibiúna, não chegava, eles me perguntavam se eu ia fazer o parto com a equipe de plantão da maternidade ou se seria com a minha médica mesmo. Eu afirmando que seria com ela, ouvia uns burburinhos deles dizendo que não estavam encontrando a assistente, que talvez seria com a equipe do plantão mesmo.
4h15 mais ou menos a bolsa estourou, senti aquela água toda escorrendo pelo colchão, eu estava sozinha nesse momento e as dores ainda estavam suportáveis, porém no limite do suportável. Chamei a enfermeira, que chamou a médica, que constatou q o líquido estava claro (ufa!). 4h40 o André chega, todo vestido com a roupa de "pai esperando o filho nascer". Finalmente!
Parecia que a qualquer momento eu ia fazer cocô nas calças e lá pelas 5h a médica entrou na sala mais uma vez, mediu minha dilatação e falou: "6 cm, vc não quer fazer cocô? Acho bom!". Queria muito, e fui. Nesse momento a dor já era daquelas q você quase pede arrego, mas continua firme e forte.
Enquanto estava no banheiro, tive 2 contrações fortíssimas, dessa vez quase desisti, mas não ia desistir nunca, até parece... Pedi anestesia pra enfermeira e o anestesista entrou com a médica e falou que eles iam fazer um procedimento na sala ao lado, e em meia hora voltariam, pq se me desse anestesia podia desacelerar o processo de trabalho de parto. A médica pediu pra enfermeira encher a banheira (eba, ufa!) pra eu esperar ali essa meia hora.
Aaah q delícia, banheira quentinha!! Eu para a enfermeira: "Vai aliviar minha dor?" E ela: "Com certeza vai!" Vibrei! Foi um prazer quase orgástico entrar ali. Porém esse prazer durou só até a próxima contração, que veio muuuuuuito, mas muuuuuuito forte. A enfermeira tinha saído da sala e falou pro André chamá-la se eu precisasse. Precisei, claro. Na sequência veio uma contração ainda mais forte e saiu um líquido da minha vagina, e eu comecei achar q o bebê ia nascer ali mesmo. Mal passou essa contração veio outra, mil vezes mais dolorida e eu gritei: "Preciso do anestesista pelamooooordedeus!! Não aguento mais!" E quis sair da banheira, a enfermeira veio me ajudar, e eu não consegui. Coloquei o pé pra fora e fiz uma força involuntária, q veio não sei de onde, e senti a cabeça do Joaquim saindo.
Fiquei uns 10 a 12 minutos na banheira, nada mais que isso.
E de repente toda a equipe médica estava na sala, montando tudo para fazer meu parto, e o anestesista também estava ali! Era a pessoa que eu mais queria ver naquele momento. Mandaram o André sair da sala e voltar assim q estivesse tudo pronto. A enfermeira me pediu pra sentar e deitar nos peitos dela, enquanto ele aplicava a anestesia, que delícia! Foi um alívio!
Muita gente na sala. Posição de franguinho, tudo pronto! Uma médica me ajudando demais, falou pra eu segurar e puxar os apoios que tinha na cama e fazer força, enquanto ela empurrava minha barriga pra dar uma ajudinha. Foram exatos 4 ciclos de "Respira fundo, faz força e empurra, empurra, empurra! Agora com vontade!". E...
Gunhééééé!! Nasceu o Joaquim!! Exatamente 5h51 do dia 12 de fevereiro, terça-feira de carnaval. Na mesma hora o colocaram no meu colo, que delícia! Só quem passou por um parto normal sabe o quanto é prazeroso.
Foi tudo tão rápido que não deu tempo do André pegar a câmera pra filmar tudo o q rolou. Não deu tempo da minha médica chegar, ligaram pra ela avisando q ele tinha nascido, ela estava no meio do caminho entre Ibiúna e São Paulo.
Os médicos simplesmente me amaram! ahahahahah
Falaram que posso voltar ano que vem, que já tenho minha vaga reservada.
Eles ficaram impressionados com a velocidade que o parto aconteceu.
3h antes eu tinha chegado na maternidade com 3 cm de dilatação e colo médio, que virou 6 cm de dilatação em 2h30 e em meia hora pulou pra 10 cm e o bebê nasceu.
Minha médica chegou 6h30, tomei um susto quando ela entrou na sala dizendo q estava frustrada pois não a esperei. Ela achou q o processo todo duraria pelo menos 10h, não 3, por ser o primeiro filho. Tanto que quando ligaram pra ela pra dizer como estava desenvolvendo, ela não autorizou indutor na veia pq queria chegar a tempo.
(Será q é de família? Disse minha mãe q quando nasci foram 3h de trabalho de parto também. E com uma prima também foi mais ou menos por aí.)
Aí tem quem venha dizer que o Santa Joana é um hospital cesarista. (Mas isso é assunto pro próximo post. Vou dedicar um post só pra maternidade. Aguardem!)
Agora sim, posso dizer: Oi, Nenê!