14 de fevereiro de 2013

Oi, Nenê! - ou - Relato de um parto feliz

Joaquim nasceu!

Agora é oficial: dia 12 de fevereiro de 2013 me tornei mãe de um menino lindo! Joaquim veio ao mundo e eu vou contar os detalhes agora mesmo para quem quiser saber.

Na madrugada do dia 11 comecei a sentir umas coliquinhas, mas nada de mais, eram bem fraquinhas mesmo e não estavam associadas à barriga ficando dura, então não dei muita atenção. 

Dormi a manhã toda nesse dia, deve ter sido meu subconsciente dizendo: "dorme que essa noite será longa!". Depois do almoço fui com o André no supermercado fazer uma comprinha, e no meio de um corredor ou outro, eu sentia a cólica indo e vindo. Comecei achar que estava chegando a hora, mas não me apressei. Achei que era meu corpo se preparando e nada mais.

Como estava com essas coliquinhas, resolvi começar anotar os horários que as coliquinhas iam e vinham e os horários que a barriga endurecia, se estavam associadas às dores ou não. A barriga ficava mais dura do que eu sentia cólica, e não tinha um padrão de intervalos. Fui dormir eram umas 22h30, mas fui muitas vezes fazer xixi, era quase de 10 em 10 minutos, e falei pro André: "mor, to achando bom a gente ir pra maternidade amanhã cedo de novo, mesmo que isso seja alarme falso e a gente volte pra casa mais uma vez."

Minhas idas frequentes ao banheiro pararam, e na hora que o André foi dormir, umas 2h da manhã, levantei pra ir ao banheiro mais uma vez, como todas as noites, mas dessa vez senti algo diferente: a cólica veio forte, e no caminho para o quarto (dois passos, meu ap é extremamente pequeno), senti minha calcinha ficando molhada, era sangue. Nem o deixei pegar no sono e achei melhor a gente ir pra maternidade naquela hora mesmo, em vez de esperar até de manhã.

As malas já estavam no carro desde domingo, resolvemos tirá-las de casa antes, pros dogs não nos verem saindo com elas, senão eles não ficariam bem, pensando que a gente estava indo viajar e os deixando lá sozinhos.

Liguei pra minha médica, que tinha ido passar o carnaval em Ibiúna, falei das dores e do sangramento, mas que não sabia o intervalo das contrações, ela disse que ligaria pra assistente dela ir me encontrar, mas que já ia sair de lá.

No caminho, na Paulista, todos os faróis fechados e a barriga ficava dura e a dor vinha, e quando passava era o maior alívio de todos. Chegamos na maternidade 2h50 +-, nem passei pela triagem de tanta dor que eu estava sentindo. Tudo bem que não era nem 1/10 da dor que eu senti mais tarde, mas estava com dor. 

No primeiro atendimento, o médico disse que eu estava com 3 cm de dilatação e colo médio, e que ia me internar. Perguntei se daria pra ser parto normal e ele falou que dependeria da minha médica. Me colocaram numa cadeira de rodas e me levaram pra uma sala para responder tudo sobre minha saúde. Depois me levaram pra uma outra sala, respondi tuuuudo de novo, as mesmas perguntas, e de lá fui pra sala de LDR, para esperar minha médica e o Joaquim querer chegar. 

O André estava "sumido" em algum lugar da maternidade, fazendo minha internação, avisando as famílias que eu ia ter bebê, e algumas enfermeiras entravam e saíam da sala, ligaram o equipamento de cardiotoco, colocaram um soro em mim, medidor de batimentos cardíacos e eu lá, contração indo e vindo, doendo e aliviando, e os ponteiros do relógio da parede em frente à minha cama, rodando, eram umas 3h30 da manhã quando cheguei na sala, ótima por sinal preparada para parto normal MESMO, com banheira e tudo mais. Já paquerei a banheira na hora que a vi. Eu olhava pro ponteiro dos segundos rolando, e ouvia o apito dos equipamentos ligados em mim praticamente junto com ele e pensando: "bem que esse bebê poderia nascer umas 6h30 da matina." 

Deu 4h, as dores vindo cada vez com mais intensidade, e nada do André aparecer. E eu para a enfermeira: "meu marido vem pra cá? onde ele está?". Elas diziam que ele estava fazendo minha internação e que assim que estivesse pronto ele ia aparecer por lá pra ficar do meu lado. E as dores indo e vindo cada vez mais fortes. Entra uma médica e diz: "Ela está com 5 cm de dilatação, daqui a pouco voltamos pra ver a evolução". E ninguém conseguia falar com a assistente da minha médica, e minha médica vindo de Ibiúna, não chegava, eles me perguntavam se eu ia fazer o parto com a equipe de plantão da maternidade ou se seria com a minha médica mesmo. Eu afirmando que seria com ela, ouvia uns burburinhos deles dizendo que não estavam encontrando a assistente, que talvez seria com a equipe do plantão mesmo.

4h15 mais ou menos a bolsa estourou, senti aquela água toda escorrendo pelo colchão, eu estava sozinha nesse momento e as dores ainda estavam suportáveis, porém no limite do suportável. Chamei a enfermeira, que chamou a médica, que constatou q o líquido estava claro (ufa!). 4h40 o André chega, todo vestido com a roupa de "pai esperando o filho nascer". Finalmente! 

Parecia que a qualquer momento eu ia fazer cocô nas calças e lá pelas 5h a médica entrou na sala mais uma vez, mediu minha dilatação e falou: "6 cm, vc não quer fazer cocô? Acho bom!". Queria muito, e fui. Nesse momento a dor já era daquelas q você quase pede arrego, mas continua firme e forte. 

Enquanto estava no banheiro, tive 2 contrações fortíssimas, dessa vez quase desisti, mas não ia desistir nunca, até parece... Pedi anestesia pra enfermeira e o anestesista entrou com a médica e falou que eles iam fazer um procedimento na sala ao lado, e em meia hora voltariam, pq se me desse anestesia podia desacelerar o processo de trabalho de parto. A médica pediu pra enfermeira encher a banheira (eba, ufa!) pra eu esperar ali essa meia hora. 

Aaah q delícia, banheira quentinha!! Eu para a enfermeira: "Vai aliviar minha dor?" E ela: "Com certeza vai!" Vibrei! Foi um prazer quase orgástico entrar ali. Porém esse prazer durou só até a próxima contração, que veio muuuuuuito, mas muuuuuuito forte. A enfermeira tinha saído da sala e falou pro André chamá-la se eu precisasse. Precisei, claro. Na sequência veio uma contração ainda mais forte e saiu um líquido da minha vagina, e eu comecei achar q o bebê ia nascer ali mesmo. Mal passou essa contração veio outra, mil vezes mais dolorida e eu gritei: "Preciso do anestesista pelamooooordedeus!! Não aguento mais!" E quis sair da banheira, a enfermeira veio me ajudar, e eu não consegui. Coloquei o pé pra fora e fiz uma força involuntária, q veio não sei de onde, e senti a cabeça do Joaquim saindo. 

Fiquei uns 10 a 12 minutos na banheira, nada mais que isso. 

E de repente toda a equipe médica estava na sala, montando tudo para fazer meu parto, e o anestesista também estava ali! Era a pessoa que eu mais queria ver naquele momento. Mandaram o André sair da sala e voltar assim q estivesse tudo pronto. A enfermeira me pediu pra sentar e deitar nos peitos dela, enquanto ele aplicava a anestesia, que delícia! Foi um alívio!

Muita gente na sala. Posição de franguinho, tudo pronto! Uma médica me ajudando demais, falou pra eu segurar e puxar os apoios que tinha na cama e fazer força, enquanto ela empurrava minha barriga pra dar uma ajudinha. Foram exatos 4 ciclos de "Respira fundo, faz força e empurra, empurra, empurra! Agora com vontade!". E...

Gunhééééé!! Nasceu o Joaquim!! Exatamente 5h51 do dia 12 de fevereiro, terça-feira de carnaval. Na mesma hora o colocaram no meu colo, que delícia! Só quem passou por um parto normal sabe o quanto é prazeroso. 

Foi tudo tão rápido que não deu tempo do André pegar a câmera pra filmar tudo o q rolou. Não deu tempo da minha médica chegar, ligaram pra ela avisando q ele tinha nascido, ela estava no meio do caminho entre Ibiúna e São Paulo. 

Os médicos simplesmente me amaram! ahahahahah
Falaram que posso voltar ano que vem, que já tenho minha vaga reservada.
Eles ficaram impressionados com a velocidade que o parto aconteceu. 
3h antes eu tinha chegado na maternidade com 3 cm de dilatação e colo médio, que virou 6 cm de dilatação em 2h30 e em meia hora pulou pra 10 cm e o bebê nasceu.

Minha médica chegou 6h30, tomei um susto quando ela entrou na sala dizendo q estava frustrada pois não a esperei. Ela achou q o processo todo duraria pelo menos 10h, não 3, por ser o primeiro filho. Tanto que quando ligaram pra ela pra dizer como estava desenvolvendo, ela não autorizou indutor na veia pq queria chegar a tempo.

(Será q é de família? Disse minha mãe q quando nasci foram 3h de trabalho de parto também. E com uma prima também foi mais ou menos por aí.) 

Aí tem quem venha dizer que o Santa Joana é um hospital cesarista. (Mas isso é assunto pro próximo post. Vou dedicar um post só pra maternidade. Aguardem!)

Agora sim, posso dizer: Oi, Nenê! 

12 comentários:

  1. Que lindo Manda! Adorei a descrição... Deu muita vontade de ter parto normal... Mas dá aquele medonho de passar 10, 12 horas em trabalho de parto... =S

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  2. Que lindo Manda! Adorei a descrição... Deu muita vontade de ter parto normal... Mas dá aquele medonho de passar 10, 12 horas em trabalho de parto... =S

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  3. Adorei!
    Sabe que eu quero muito ter filho, mas admito que morro de medo dessa parte, o parto!
    Não sei porque o medo, sério, mas tenho. E ainda aquelas pessoas que tiveram ou tem casos pra contar bem tensos. Me impressiono demais.
    No teu caso foi algo super tranquilo, rápido, feliz. Pelo que lia de ti (nos posts e fora deles), sempre te achei super tranquila, acho que isso resultou em um parto tranquilo também.
    O Joaquim é lindo, me encantei nas fotos dele. Parabéns de novo e muita coisa boa pra vocês.
    Beijo!

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  4. Querida Amanda, li seu relato com muita emoção. Meus parabéns, voce foi uma parturiente muito corajosa. Que o Joaquim lhe devolva em alegrias todos os momentos da espera.. Um montão de abraços e felicidades.Tia Regina.

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  5. Nossa, fiquei arrepiada várias vezes lendo esse post! Que emoçãããããããão!!!! Beijos e muita felicidade pra vocês! =)

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  6. emocionei Mands, adorei o relato todo, eu fiz cesária, a bolsa estourou enquanto eu dormia, Victor estava com 32 semanas, nasceu de 8 meses, aliás eu não sabia se seria Victor ou Julia até ele nascer rs beijo nos 3 e que vocês sejam muito felizes

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  7. Nossa, Mands! Foi tudo tão lindo, tão mágico que deu até vontade de ter um bebê agora! Hahahahha...

    Parabéns! Tudo de bom pra vocês!

    Obrigada por compartilhar com a gente!

    Bjos

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  8. Amanda, que delicia de relato. Fiquei lendo e vibrando a cada palavra...Joaquim e Marcela sao da leva dos rapidinhos kkkk....Super parabens, guerreira!!!...Apesar da dor ser forte nao é a melhor sensacao do mundo?...a gente fica acabada e feliz ne? Parabens para essa familia linda! Bjao Ursula

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  9. Oi, Amanda!
    Que relato lindo!!! Tô emocionada aqui...
    Parto normal é lindo, né?!
    Minha mãe também me disse que os 2 partos dela foram rápidos, ela esperava até o último momento p/ ir p/ o hospital.
    Eu fiquei com o catéter na coluna p/ qdo chegasse a hora dessa dor maior, mas acabaram usando p/ a minha césarea de emergência...
    Curta muito cada momento!!! Eu fiz tudo p/ conseguir uma licença bem grandona (até calculei o tempo da gravidez. meu médico me achava uma doida), e ficar com meu filhote por quase 1 ano, e consegui!
    Não há um momento mais sublime na vida de uma mulher!
    Parabéns, amiga!!!
    Muita saúde p/ vocês!
    Quando o Joaquim tirar um soninho, aproveita p/ descansar também, isso é muito importante. A nossa rotina muda, então precisamos nos adaptar também.
    Muitas felicidades p/ mamãe e o papai!
    Bjks ♥

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  10. que emocionante!!!!! Vibrei junto!! Noooossa....que corajosa!! Não sei se vou querer parto normal...sou cagona!! rsrsrs. Parabéns!!! Felicidades pra família ;)
    bjo

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  11. Amiga demais, me emocionei com sua descricao e ate chorei..que lindo, que perfeito. Voce foi muito corajosa e forte. Parabens. Lindo. Felicidades para toda a familia:-)

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  12. Lindo! ♡ Felicidades pra vocês... ☆

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