14 de maio de 2013

Aprendendo a traduzir os sons e os movimentos

Todo mundo sabe que nenê não vem com manual de instruções. É muito difícil saber o que ele precisa, o que sente, já que ainda não sabe falar, ainda mais se é o primeiro filho... Até li em um grupo que participo, logo que ele nasceu, que foi feito um estudo na Austrália, que choro "neh" é "tenho fome", que choro "owh" é "tenho sono", etc, mas na prática é diferente, nunca consegui associar os choros a essas letrinhas.

Logo na primeira consulta com o pediatra, ele passou uma receita com remédio pra gases e cólica. Claro que perguntei como fazer pra identificar se é um ou outro, pra saber qual remédio dar e ele disse que se fosse dor eu ia perceber pela intensidade do choro e que ele ia se contorcer. Felizmente o Joaquim não teve episódios de cólicas muitas vezes, se dei medicamento pra isso foi uma vez só.

Então como faz pra aprender? Com tentativas e erros, oras.

Chorou? Dá o peito. Recusou? Olha a fralda. Não tá suja? Dá antigases. Não tem muito segredo, é uma coisa ou outra.

Agora que se passaram 3 meses começa ficar mais fácil, os barulhinhos vão mudando. Semana passada começou uma resmungueira. No primeiro dia pensamos "o que ele tem, hein? será que é dor? tá enjoado? o que fazer?". No segundo dia já começaram as desconfianças que poderia ser sono. Batata! Começou resmungar, quer dormir mamando. Tem sido assim a cada resmungo.

E quando está desperto, mamando, e começa a soltar o peito, dar "soco" em mim, faz uns "uééé", tenta pegar o peito, mas não fecha a boca, parece um ataque de desespero, e realmente é desesperador, mas só até aprender que isso são gases que ele quer soltar. Começou com isso, coloco em pezinho, e lá vem o arroto. Ou uns puns. Ou um cocô. Não costumo colocá-lo pra arrotar depois de cada mamada, pq se quer, ele arrota até mamando.

Tá deitado de bruços em cima de mim, começa a virar a cabeça prum lado, pra outro, sem parar. Tá enjoadinho e vai vomitar. Vem aquele arrotinho com barulho de líquido na garganta e volta aquele leitinho qualhado.

Começa resmungar e fazer força? Cocô, certeza! E um detalhe: o cocô nunca vem de uma vez só. Sempre espero um pouco porque sai mais um tanto depois de uns minutos. Já aconteceu de eu não esperar a segunda leva e o cocô voar em mim quando estava trocando a fralda.

Choro, daqueles de se esgoelar, são raros, então ainda não aprendi o que é. Vou tentando, mas o que tem funcionado, é colocá-lo no colo, com as costas na minha barriga, abraçar e colocar uma musiquinha de ninar. Sossega só nessa posição. Chega a dormir. Ah, ele adooooora chorar quando estamos jantando e está no carrinho. Quem não vê, apenas ouve (vizinhos), deve pensar "caralho, dá uma chupeta!". Mas nunca dei e não vou dar. Em outro post falo sobre isso.

E assim a gente vai aprendendo. Tentando, errando, mudando de posição, dando o peito, ninando, trocando a fralda... Cada dia um aprendizado diferente.

É muito amor!

Um comentário:

  1. rsrsrs eu penso nos vizinhos tb kkkkkkk devem achar q to judiando... rsrs

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