21 de fevereiro de 2013

Sobre o Santa Joana e umas cositas mais

Antes de qualquer coisa, quero deixar claro que tudo o que vou escrever aqui é a minha opinião, que o post não é pago, e é sobre o que vivenciei.

Desde o momento que cheguei na maternidade para ser internada, o atendimento foi incrível. Cheguei numa hora que estava vazia, nem passei pela triagem por causa das minhas dores, colocaram em mim a pulseirinha de emergência, fui atendida pelo médico de plantão super rápido. Na salinha onde entrei pra responder sobre minha saúde também foi tudo ótimo e quando falei que queria parto normal, as duas mulheres que estavam comigo disseram que seria a melhor coisa e que tudo daria certo.

Já na sala de parto, toda preparada para parto normal, com banheira, equipamentos e tudo mais o que esperava para realizar o parto dos (meus) sonhos, a enfermeira que ficou comigo o tempo todo foi um anjo. Super companheira. Parceira mesmo, eu diria. Uma pena eu não me lembrar o nome dela, ato falho mesmo.

A equipe que fez meu parto também foi muito especial. A médica, Dra. Luciana Wanderley, e todos os outros médicos, gente... Foram ótimos! Daquelas pessoas que vc quer abraçar muito, agradecer imensamente, tudo tão perfeito! Não tenho do que reclamar! O quarto se transformou em sala de parto em questão de minutos, segundos, não sei, mas foi muito rápido.

Amamentei o Joaquim ali mesmo, logo depois de darem o primeiro banho nele, menos de 2h depois dele nascer, com toda a assistência necessária a quem nunca amamentou antes e não sabe como fazer.

No quarto também foi tudo lindo. O primeiro banho com 2 enfermeiras ajudando, as refeições deliciosas e fartas, a educação e a atenção de cada funcionária da maternidade que entrava ali o tempo todo para dar remédios, auxiliar na amamentação, nutricionista, pediatras, fonoaudióloga, as moças do berçário, tudo incrível!

Uma coisa foi bem engraçada, todo mundo que entrava e pedia pra ver meus pontos, ou pra tomar cuidado com coisas no colo, já abaixavam minha calcinha, como se eu tivesse feito cesárea. Realmente, eles não estão acostumados com parto normal. Já ouvi dizer que lá 98% dos partos são cesárea, que a maternidade tem fama de cesarista... E quando eu falava que os pontos eram em outro lugar, todas respondiam "nossa, parto normal, que bom!", ou "quando tiver um filho quero que seja assim também", ou "meu filhos também foram de parto normal". Aí eu pensava "como assim, a maternidade é cesarista, com tantos funcionários apoiando o parto normal?". Né?

No momento que os bebês todos iam pro berçário, as mães e pais ficavam babando na vitrine e eu acabei conversando com algumas. TODAS as que conversei me chamaram de corajosa por ter sido normal, e tinham feito cesárea. TODAS. Por opção, e não por não terem conseguido normal. Uma delas, inclusive, veio me dizer no dia seguinte que tinha se arrependido da cesárea.

Aí quem leva a fama de cesarista é a maternidade...

Claro que cada pessoa sabe o que é melhor pra si. A escolha é de cada um e eu não gosto de pregação. Mas parto normal é a melhor coisa do mundo! Se quiser que seja assim e seu médico é contra, troque de médico. Pesquise maternidades que tenham estrutura para parto normal. E vá até onde for possível, só faça cesárea se precisar mesmo, em último caso! Isso se sua vontade for parto normal, como eu disse. E se não for, se informe sobre os benefícios de normal. São muitos, vale muito à pena.

Quando as mães me chamavam de corajosa, eu pensava "Corajosa, eu? Senti dores por algumas horas (tudo bem que meu parto foi uma exceção de tão rápido por ser o primeiro filho), e depois não senti mais. Enquanto vocês tomaram anestesia pra não sentir nada, mas vão precisar de muito mais cuidados no pós parto".

E amamentar o bebê logo depois do parto, com o próprio leite, quem nem é leite ainda, é colostro, e é super importante pra ele? Não é muito melhor do que ficar numa sala de recuperação por 4 horas, enquanto o bebê toma leite artificial até que seu leite desça? E ficar um dia a menos na maternidade, voltar pra casa mais rápido?

Eu fiquei no mesmo quarto, do momento que entrei na maternidade até ser liberada pro quarto que fiquei os próximos dois dias. Não tive que ir pra uma sala de recuperação esperar minhas pernas "voltarem", a anestesia foi local.

Então digo pra você que está lendo e está grávida... Se informe, lute pelo que quer. Claro que tem que ser feito o que for melhor pro bebê, mas não se deixe convencer por um médico que é cesarista. Minha médica não chegou a tempo do parto porque foi tudo muito rápido, mas ela me apoiou sempre, disse que cesárea só se fosse necessário, e a equipe de plantão fez o parto normal como eu quis. Em último caso, faça com a equipe de plantão também, oras bolas.

Só pra finalizar, se um dia eu tiver outro filho, e já quero outro, terei na mesma maternidade. Super recomendo, amei, foi tudo perfeito.

14 de fevereiro de 2013

Oi, Nenê! - ou - Relato de um parto feliz

Joaquim nasceu!

Agora é oficial: dia 12 de fevereiro de 2013 me tornei mãe de um menino lindo! Joaquim veio ao mundo e eu vou contar os detalhes agora mesmo para quem quiser saber.

Na madrugada do dia 11 comecei a sentir umas coliquinhas, mas nada de mais, eram bem fraquinhas mesmo e não estavam associadas à barriga ficando dura, então não dei muita atenção. 

Dormi a manhã toda nesse dia, deve ter sido meu subconsciente dizendo: "dorme que essa noite será longa!". Depois do almoço fui com o André no supermercado fazer uma comprinha, e no meio de um corredor ou outro, eu sentia a cólica indo e vindo. Comecei achar que estava chegando a hora, mas não me apressei. Achei que era meu corpo se preparando e nada mais.

Como estava com essas coliquinhas, resolvi começar anotar os horários que as coliquinhas iam e vinham e os horários que a barriga endurecia, se estavam associadas às dores ou não. A barriga ficava mais dura do que eu sentia cólica, e não tinha um padrão de intervalos. Fui dormir eram umas 22h30, mas fui muitas vezes fazer xixi, era quase de 10 em 10 minutos, e falei pro André: "mor, to achando bom a gente ir pra maternidade amanhã cedo de novo, mesmo que isso seja alarme falso e a gente volte pra casa mais uma vez."

Minhas idas frequentes ao banheiro pararam, e na hora que o André foi dormir, umas 2h da manhã, levantei pra ir ao banheiro mais uma vez, como todas as noites, mas dessa vez senti algo diferente: a cólica veio forte, e no caminho para o quarto (dois passos, meu ap é extremamente pequeno), senti minha calcinha ficando molhada, era sangue. Nem o deixei pegar no sono e achei melhor a gente ir pra maternidade naquela hora mesmo, em vez de esperar até de manhã.

As malas já estavam no carro desde domingo, resolvemos tirá-las de casa antes, pros dogs não nos verem saindo com elas, senão eles não ficariam bem, pensando que a gente estava indo viajar e os deixando lá sozinhos.

Liguei pra minha médica, que tinha ido passar o carnaval em Ibiúna, falei das dores e do sangramento, mas que não sabia o intervalo das contrações, ela disse que ligaria pra assistente dela ir me encontrar, mas que já ia sair de lá.

No caminho, na Paulista, todos os faróis fechados e a barriga ficava dura e a dor vinha, e quando passava era o maior alívio de todos. Chegamos na maternidade 2h50 +-, nem passei pela triagem de tanta dor que eu estava sentindo. Tudo bem que não era nem 1/10 da dor que eu senti mais tarde, mas estava com dor. 

No primeiro atendimento, o médico disse que eu estava com 3 cm de dilatação e colo médio, e que ia me internar. Perguntei se daria pra ser parto normal e ele falou que dependeria da minha médica. Me colocaram numa cadeira de rodas e me levaram pra uma sala para responder tudo sobre minha saúde. Depois me levaram pra uma outra sala, respondi tuuuudo de novo, as mesmas perguntas, e de lá fui pra sala de LDR, para esperar minha médica e o Joaquim querer chegar. 

O André estava "sumido" em algum lugar da maternidade, fazendo minha internação, avisando as famílias que eu ia ter bebê, e algumas enfermeiras entravam e saíam da sala, ligaram o equipamento de cardiotoco, colocaram um soro em mim, medidor de batimentos cardíacos e eu lá, contração indo e vindo, doendo e aliviando, e os ponteiros do relógio da parede em frente à minha cama, rodando, eram umas 3h30 da manhã quando cheguei na sala, ótima por sinal preparada para parto normal MESMO, com banheira e tudo mais. Já paquerei a banheira na hora que a vi. Eu olhava pro ponteiro dos segundos rolando, e ouvia o apito dos equipamentos ligados em mim praticamente junto com ele e pensando: "bem que esse bebê poderia nascer umas 6h30 da matina." 

Deu 4h, as dores vindo cada vez com mais intensidade, e nada do André aparecer. E eu para a enfermeira: "meu marido vem pra cá? onde ele está?". Elas diziam que ele estava fazendo minha internação e que assim que estivesse pronto ele ia aparecer por lá pra ficar do meu lado. E as dores indo e vindo cada vez mais fortes. Entra uma médica e diz: "Ela está com 5 cm de dilatação, daqui a pouco voltamos pra ver a evolução". E ninguém conseguia falar com a assistente da minha médica, e minha médica vindo de Ibiúna, não chegava, eles me perguntavam se eu ia fazer o parto com a equipe de plantão da maternidade ou se seria com a minha médica mesmo. Eu afirmando que seria com ela, ouvia uns burburinhos deles dizendo que não estavam encontrando a assistente, que talvez seria com a equipe do plantão mesmo.

4h15 mais ou menos a bolsa estourou, senti aquela água toda escorrendo pelo colchão, eu estava sozinha nesse momento e as dores ainda estavam suportáveis, porém no limite do suportável. Chamei a enfermeira, que chamou a médica, que constatou q o líquido estava claro (ufa!). 4h40 o André chega, todo vestido com a roupa de "pai esperando o filho nascer". Finalmente! 

Parecia que a qualquer momento eu ia fazer cocô nas calças e lá pelas 5h a médica entrou na sala mais uma vez, mediu minha dilatação e falou: "6 cm, vc não quer fazer cocô? Acho bom!". Queria muito, e fui. Nesse momento a dor já era daquelas q você quase pede arrego, mas continua firme e forte. 

Enquanto estava no banheiro, tive 2 contrações fortíssimas, dessa vez quase desisti, mas não ia desistir nunca, até parece... Pedi anestesia pra enfermeira e o anestesista entrou com a médica e falou que eles iam fazer um procedimento na sala ao lado, e em meia hora voltariam, pq se me desse anestesia podia desacelerar o processo de trabalho de parto. A médica pediu pra enfermeira encher a banheira (eba, ufa!) pra eu esperar ali essa meia hora. 

Aaah q delícia, banheira quentinha!! Eu para a enfermeira: "Vai aliviar minha dor?" E ela: "Com certeza vai!" Vibrei! Foi um prazer quase orgástico entrar ali. Porém esse prazer durou só até a próxima contração, que veio muuuuuuito, mas muuuuuuito forte. A enfermeira tinha saído da sala e falou pro André chamá-la se eu precisasse. Precisei, claro. Na sequência veio uma contração ainda mais forte e saiu um líquido da minha vagina, e eu comecei achar q o bebê ia nascer ali mesmo. Mal passou essa contração veio outra, mil vezes mais dolorida e eu gritei: "Preciso do anestesista pelamooooordedeus!! Não aguento mais!" E quis sair da banheira, a enfermeira veio me ajudar, e eu não consegui. Coloquei o pé pra fora e fiz uma força involuntária, q veio não sei de onde, e senti a cabeça do Joaquim saindo. 

Fiquei uns 10 a 12 minutos na banheira, nada mais que isso. 

E de repente toda a equipe médica estava na sala, montando tudo para fazer meu parto, e o anestesista também estava ali! Era a pessoa que eu mais queria ver naquele momento. Mandaram o André sair da sala e voltar assim q estivesse tudo pronto. A enfermeira me pediu pra sentar e deitar nos peitos dela, enquanto ele aplicava a anestesia, que delícia! Foi um alívio!

Muita gente na sala. Posição de franguinho, tudo pronto! Uma médica me ajudando demais, falou pra eu segurar e puxar os apoios que tinha na cama e fazer força, enquanto ela empurrava minha barriga pra dar uma ajudinha. Foram exatos 4 ciclos de "Respira fundo, faz força e empurra, empurra, empurra! Agora com vontade!". E...

Gunhééééé!! Nasceu o Joaquim!! Exatamente 5h51 do dia 12 de fevereiro, terça-feira de carnaval. Na mesma hora o colocaram no meu colo, que delícia! Só quem passou por um parto normal sabe o quanto é prazeroso. 

Foi tudo tão rápido que não deu tempo do André pegar a câmera pra filmar tudo o q rolou. Não deu tempo da minha médica chegar, ligaram pra ela avisando q ele tinha nascido, ela estava no meio do caminho entre Ibiúna e São Paulo. 

Os médicos simplesmente me amaram! ahahahahah
Falaram que posso voltar ano que vem, que já tenho minha vaga reservada.
Eles ficaram impressionados com a velocidade que o parto aconteceu. 
3h antes eu tinha chegado na maternidade com 3 cm de dilatação e colo médio, que virou 6 cm de dilatação em 2h30 e em meia hora pulou pra 10 cm e o bebê nasceu.

Minha médica chegou 6h30, tomei um susto quando ela entrou na sala dizendo q estava frustrada pois não a esperei. Ela achou q o processo todo duraria pelo menos 10h, não 3, por ser o primeiro filho. Tanto que quando ligaram pra ela pra dizer como estava desenvolvendo, ela não autorizou indutor na veia pq queria chegar a tempo.

(Será q é de família? Disse minha mãe q quando nasci foram 3h de trabalho de parto também. E com uma prima também foi mais ou menos por aí.) 

Aí tem quem venha dizer que o Santa Joana é um hospital cesarista. (Mas isso é assunto pro próximo post. Vou dedicar um post só pra maternidade. Aguardem!)

Agora sim, posso dizer: Oi, Nenê! 

10 de fevereiro de 2013

39 semanas, 3 dias e nada de Joaquim

Estou aqui na expectativa e nada do Joaquim dar sinal que vem ao mundo...

Tudo bem que venho perdendo um pouco do tampão a cada dia, minha barriga aparentemente está bem mais baixa, os movimentos do bebê estão bem mais sutis, mas e as contrações, cadê? Virou a lua, e nada! (Alá, sempre souber que era lenda!)

Deve estar muito bom aqui dentro...

Confesso que estou com muito mais medo de ele não nascer até dia 14 e minha médica querer fazer cesárea, do que de passar pela dor do parto normal. Também estou com medo de entrar em trabalho de parto no meio da madruga e não perceber. Pode rir. Mas eu durmo pesado. Se bem que a dor deve ser tanta que não tem como não perceber, né?

Meu chute era que ele nasceria hoje (dia 10) ou ontem, mas nadica de nada. Família liga todos os dias pra saber como estou, se estou sentindo alguma coisa, e não estou sentindo nada, a não ser as mesmas contrações falsas, sem dor, que eu já vinha sentindo.

Estou sem esmalte há dias porque a maternidade pede pra ir sem para o parto, e eu juro que estou quase pintando as unhas com o mais difícil de tirar, só pra ver se ele resolve nascer. Vai que, né? haha

Estou cansada da expectativa. Sei que ele vem na hora dele.
Mas não tem jeito, estou torcendo muito pra ele vir antes da próxima consulta.

Vem, Joaquim! Estamos te esperando!!

8 de fevereiro de 2013

Falso trabalho de parto, trabalhamos!

Ontem cheguei nas 39 semanas. Tive uma consulta de manhã e minha médica fez toque e avisou que poderia sangrar. Já tinha acontecido isso na semana passada, sangrei e parou depois de 3 dias. Na segunda-feira comecei perder o tampão, um  "catarro" amarelado, sem sangue, e nada mais.

Na consulta de ontem minha médica disse: "2 contrações a cada 10 minutos: maternidade!". Estava com 2 cm de dilatação. Já saí de lá com uma cólica bem chata, que não passava, o bebê pesando na barriga e minha barriga ficando dura. Quando cheguei e casa resolvi começar anotar os intervalos entre as (supostas) contrações, e estavam bem irregulares. Eram contrações sem dor, de vez em quando vinha uma pontada de cólica mais forte.

De repente as contrações ficaram ritmadas. Começaram vir exatamente de 20 em 20 minutos. Ficaram assim por 1h mais ou menos e caiu pra 13 em 13. E do nada caiu pra 6 em 6, e ficou assim por umas 2h, quando achei que era prudente ligar pra médica. Já passava das 21h, e eu estava tendo 2 contrações a cada 12 e não a cada 10, como ela havia dito, mas no telefone ela disse: "Vá pra maternidade. Eu falei 2 em 10, mas vá pra lá e qualquer coisa eles me ligam e eu vou pra lá.".

Maior correria: arruma a casa, dá comida pros cachorros, liga pra sogra, liga pra mãe, pega as malas e espera a sogra chegar pra levar pra lá. 22h25 peguei a senha de atendimento. A maternidade estava vazia. Tinha mais alguns casais, meia dúzia de barrigudinhas, e o atendimento até que foi rápido. Passado o primeiro atendimento, esperei me chamarem no consultório e a médica plantonista começou com várias perguntas, abri as pernocas e ela foi conferir: 3 cm de dilatação, mas o colo ainda estava grosso. Ela disse que 3 cm ainda era pouco e que achava que eu ia voltar pra casa, mas que com essa dilatação poderia começar o real TP tanto às 6h da manhã, quando daqui 2 ou 3 dias, mas que antes eu ia tomar buscopan na veia e fazer cardiotocografia, para avaliar se as contrações eram reais ou falsas.

Aí demorou. O Buscopan "bateu" junto com o sono, pq passava da meia noite e estou acostumada a ir pra cama umas 23h no máximo, comecei a apagar enquanto esperava desocuparem o aparelho de cardiotoco. Comecei fazer o exame já era mais de 1h da manhã, e de vez em quando sentia uma contração e uma coliquinha, mas eles tinham avisado: se não for contração, o buscopan vai diminuir. Realmente diminuiu em quantidade, mas não em intensidade.

Terminado o exame, fui pra sala de espera, o André capotado em cima da minha bolsa que virou travesseiro. Minha sogra e meu sogro esperavam lá fora, pra trazer a gente de volta (ou não). Mudou o plantonista, o médico me chamou e falou "esse exame que você fez mostra tanto como está o bebê, quanto as reais contrações. Suas contrações não são reais, pode voltar pra casa."

Por um lado fiquei aliviada de não ter que passar a noite lá, mas por outro me senti "mal" por ter tirado sogra, sogro e marido de casa pra nada. Tudo bem que poderia ser TP, eu não tenho como saber como é uma coisa se nunca passei antes por ela.

Continuo sem saber como serão as contrações e quando estarei em TP real. Mas devo descobrir nos próximos dias.

1 de fevereiro de 2013

A data prevista do parto

Todo mundo pergunta nesse finzinho de gestação: "E aí, quando o Joaquim nasce?". Bem que eu queria saber... Mas estou curtindo esse suspense!

Pelas contas "automáticas" da minha médica, a dpp seria dia 21/fev, e essa conta consiste no cálculo rápido de 9 meses + 7 dias depois da última menstruação. Como fiquei menstruada a última vez no dia 14/mai, 14+7=21.

Pelas contas de 280 dias corridos (40 semanas), considerando também a data da última menstruação, essa conta cai 3 dias, como vocês podem ver nessa tabela que recebi de uma amiga querida hoje:

(clique pra ver maior)

Maaaaaas...
Essa tabela considera 280 dias de um ciclo de 28 dias, quando a ovulação acontece no 14º dia do ciclo. O que pouca gente sabe é que a ovulação acontece 14 dias antes da próxima menstruação descer, e não na metade do ciclo, e nem 14 dias depois da última menstruação. Num ciclo de 28 dias dá certinho a metade do ciclo, tanto 14 dias antes da próxima, quanto 14 dias depois da última, mas em ciclos com menos, ou mais, tempo de duração não é assim. 

Meu ciclo é de 24 dias, ou seja, se a ovulação acontece 14 dias antes da data que desceria a menstruação, eu ovulo no 10º dia e não no 14º, como todas as mulheres que tem um ciclo "padrão" de 28 dias.

Outro exemplo: quem tem um ciclo de 33 dias não ovula no 14º dia do ciclo, mas lá pelo 19º. Isso explica muita coisa, como por exemplo mulheres que acham que não conseguem engravidar porque têm algum problema, quando na verdade estão transando no dia errado. Ou ainda as que transam "sem querer" no dia da ovulação pq acham que a ovulação já passou e acabam engravidando. E as que fazem ultrassom e, ou o bebê não aparece na primeira ultrassonografia, ou está sempre menor do que a média daquela semana.

A verdade é que a data prevista do parto não é de 280 dias depois da última menstruação (essa é apenas a média pra quem tem ciclo de 28 dias), mas sim 266 dias depois da data da ovulação/concepção.

Em todas, disse TODAS, as ultrassonografias que fiz nesses 9 meses, quando eu falava a data da última menstruação, o computador dava a data prevista do dia 18/fev, mas assim que a médica começava a medir o feto, perguntava "tem certeza que não está grávida de uns dias a mais?". Aí eu explicava que meu ciclo é mais curto, e bla bla bla, e no fim da consulta, na última tela do ultrassom, sempre bateu com minhas contas: 4 dias a menos, por ter ovulado no 10º dia e não no 14º, que dá dia 14/fev.

Como eu disse lá no começo do blog, quando descobri a gravidez, eu usei um aplicativo de iphone/ipod chamado Period Tracker e desde que parei de tomar pílula, 3 meses antes de engravidar, comecei anotar as datas das menstruações e o app fez a média e passou as datas das ovulações baseadas nas minhas anotações. E segundo o app, nessa última menstruação, eu ovulei no dia 24/mai. E eu transei no dia 24/mai. E dizem que quando transa exatamente no dia da ovulação é mais provável ter menino. E estou esperando um menino! 

Ou seja, tudo bate!

Encontrei uma calculadora da data prevista do parto (que também bate), e aqui está o link: Calculadora da data prevista do parto
Vejam o resultado, no meu caso:


Enfim... está perto!
Pode ser que o Joaquim venha um pouco antes, pode ser que venha um pouco depois, mas a data prevista é dia 14.

Já votou ali do lado? 
Quem votou "Antes do dia 31/jan" e "31/jan", errou! =P
Vota lá! 

Decidi!

Quero parto normal mesmo!
Pensei, repensei, e cheguei nessa conclusão há uns dias já.
Continuo com o pensamento que se precisar de cesárea eu faço, mas não quero. Quero suportar a dor do parto normal - que nem imagino qual será.

Sabe, é o mesmo pensamento que eu já tinha antes de surgir a dúvida.
10 horas de dor (ou menos, ou mais) que vão passar assim que o Joaquim nascer, ou dor nenhuma anestesiada por umas horas e muita dor depois na cicatrização? Prefiro a primeira opção.

Conversei com minha médica sobre a episiotomia, ela não faz parto normal sem essa intervenção, então vamo que vamo! Disse que é tranquilo e todas as meninas com quem conversei e passaram por isso disseram que é tranquilo também, não há o que temer!

Hoje me perguntaram se eu vou tomar anestesia pra não sentir a dor das contrações. Mas eu quero sentir essa dor! Sou louca? Quero ver até onde consigo chegar. Lógico que se eu não aguentar mais, peço anestesia, mas gostaria mesmo de suportar a dor.
Depois venho contar como foi, prometo!

E o que mais me fez decidir por normal?
- O bebê vem na hora dele: quando estiver pronto e não quando eu quiser que ele venha.
- A recuperação pós parto: odeio depender dos outros pra fazer tudo pra mim, quero eu mesma fazer, e com um corte na barriga não vai ser bem assim.
- O tempo menor de internação: nem só por estar num ambiente hospitalar, mas pq não quero ficar muitos dias longe dos meus dogs, da minha casa, por mais que seja só um dia a mais, caso tenha que fazer cesárea.
- Tenho um certo pavor de cirurgia, mesmo nunca tendo feito uma.

Enfim.
Estou pedindo a Deus e conversando telepaticamente todos os dias com o Joaquim para que seja normal.
Que seja preciso indução, anestesia ou qualquer outra intervenção, vou fazer de tudo até onde eu conseguir chegar.
Quero ser forte. Gritar.
Mas se for preciso cesárea (não vai ser, tenho fé!), tamos aí.
Como dizem por aí, o importante é que venha com saúde!

E está acabando a gestação.
Depois de 38 semanas, faltam apenas 2.
Nessas 2 semanas, Joaquim pode chegar a qualquer momento.
Minha médica acha que ele não nasce antes do dia 8.
Mas vai saber, né?

Na dúvida, já está praticamente tudo pronto. Conferi as malas de maternidade, montamos o berço, o carrinho.
Falta fazer uma comprinha de supermercado e de coisas pros dogs, levar os dogs pra tomar banho e vacina, colocar o bebê conforto no carro e pronto! Até segunda faremos isso!

Aí é só caminhar muito e esperar!
Vem, nenem!

<3